"A MACONHA É A PORTA DE ENTRADA PARA TODAS AS OUTRAS DROGAS”.
Quem fuma é contra essa frase, já quem é a favor da criminalização de todas as drogas, inclusive da maconha, defende essa tese. Vamos usar a inteligência com serenidade. Essa frase passou a ser usada estrategicamente pelo próprio narcotráfico. Como? Me acompanhe. A lei amenizou as punições para usuários de maconha, certo? Certo. Conseqüentemente aumentou o consumo, certo? Certo. Para comprar, o usuário tem de recorrer ao tráfico, certo? Certo. Conseqüentemente além da maconha, o traficante tem a oferecer a maledeta da cocaína e mais um cardápio variado de drogas sintéticas, certo? Certíssimo!
Um tempo atrás o consumo da cocaína diminuiu devido ao aumento do consumo de álcool. Com isso, os traficantes baixaram o preço da maledeta na tentativa de recuperar seus clientes. Essa estratégia não surtiu efeito. Nessa época, coincidentemente, a lei amenizou as punições para usuários de maconha, o consumo aumentou, para comprar o usuário teve de recorrer ao tráfico, além da maconha, o traficante tem a oferecer a maledeta da cocaína e mais um cardápio variado de drogas sintéticas e assim esse mercado nefasto se aqueceu novamente.
Essa lei que amenizou as punições para o usuário de maconha foi vantajosa para alguém? Claro que foi: para o narcotráfico!
Vamos fazer uma suposição. Imaginem que se autorize por três anos (em caráter experimental) o plantio doméstico controlado da maconha: o usuário irá, nesse período, consumir o que ele plantar. O tráfico perderia sua mais poderosa ligação com o consumidor! Isso enfraqueceria substancialmente sua influência, fazendo com que o consumo da cocaína e das drogas sintéticas em algum tempo caísse significativamente.
Quem apenas fuma maconha não faz outra coisa a não ser rir, comer e dormir. Já o consumidor da cocaína... Essa maledeta é tão destruidora que mesmo os traficantes não a usam constantemente: se eles o fizessem, o crime não seria organizado. Haja vista que Fernandinho Beiramar nunca precisou de tratamento para deixar de usar cocaína. Alguém ficou sabendo de alguma crise de abstinência sua durante o período de prisão? Não houve porque ele sabia muito bem o perigo do produto que vendia. A maconha é a única droga que não mata de overdose; já o álcool a cocaína e as drogas sintéticas... Basta dizer que um terço das pessoas que trabalham no refino da coca morre de overdose. Ou seja, a cada 90 pessoas que trabalham no seu refino, 30 irão morrem vitimadas pelo seu consumo.
O uso de maconha para fins medicinais foi aprovado em 1996 na Califórnia, o primeiro Estado americano a aprovar por lei o uso terapêutico da erva.
Os pacientes receitados com maconha podem, inclusive, plantar a erva para consumo próprio. Outros dez Estados americanos aprovaram a mesma legislação. Entre as doenças que qualificam um paciente para o uso da erva estão a Aids, anorexia, artrite, câncer, glaucoma e enxaqueca, entre outros. O governo permite que cada paciente tenha em casa seis plantas adultas, ou 12 mudas, ou 226.8 gramas de maconha.
A California já saiu da crise com os impostos da maconha liberada com controle, o tráfico praticamente foi a falencia... Cortando o acesso dos usuários as drogas que causam overdose. )
3 º. lugar: Drogas que matam, inclusive de overdose: álcool, cocaína, crack, êxtasy, ácido, etc.
Não faz sentido uma lei proibir algo que não mata enquanto permite (ou não ataca inteligentemente) a comercialização e/ou tráfico que acaba com incontáveis vidas todos os dias!
Dizem que faço apologia ao uso da maconha. Nada disso. Eu apenas penso: e pensar calado me faz sentir idiota, seria concordar com leis que favorecem o crime e colocam cada dia mais pessoas no mundo das drogas(Que causam overdose)
BETO FONTES
Veja também:
* Droga em foco, no congresso.
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