quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Caça ao tesouro.

O caça Rafale, fabricado pela francesa Dassault (Tony Barson/Getty Images)

No Brasil logo pela manhã de segunda-feira 27/02 noticiava que "Dilma agora tem pressa de definir a licitação dos caças" (O valor da aquisição de caças para a Força Aérea Brasileira esta entre 4 e 6 bilhões de dólares) e, à tarde, o WikiLeaks colocou a boca no mundo divulgando emails, e a imprensa no Brasil curiosa/mente se calou.

Um dos milhares de e-mails da empresa de inteligência e análise estratégica Stratfor que o WikiLeaks já divulgou, foi um funcionário do governo americano relatando ao consultor Marko Papic, da Stratfor, sobre a aquisição de equipamento militar no governo Lula. No email de 2010, mesmo afirmando não ter provas, o servidor americano não poupou...

"A compra de submarinos é tão sem sentido que só pode ter a ver com propina. Lula provavelmente está cuidando do seu plano de aposentadoria. E veja só: a compra acontece 'curiosamente' no fim de seu mandato. O mesmo vale para os jatos. Nosso Departamento do Tesouro é vingativo quando se depara com subornos. Não podemos fazer nenhum negócio real num lugar corrupto como o Brasil. Os franceses não têm esses problemas". Marko Papic ainda acrescentou "Não é que eu discorde, mas acredito que a França também tornou a propina ilegal".

Terminou se desculpando “Desculpe-me não ter mais informações no que diz respeito à estratégia brasileira. A nossa avaliação é de que isso é puramente suborno. A única diferença é que agora o Brasil tem dinheiro, muito dinheiro, e pode de fato adquirir os equipamentos. Quero dizer, seria mera coincidência eles comprarem tanto equipamento militar da França? Os franceses sabem como realizar subornos”.

Vamos continuar analisando os fatos com inteligência, e assistir qual será a estratégia da poderosa Stratfor, nesse caso.

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Com todo esse rebuliço logo no início da semana já era de se esperar uma terça-feira - ontem - agitada, com os EUA cancelando a compra dos aviões da Embraer. A desculpa, ou alegação... um probleminha na documentação da licitação.